O líder do grupo parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD) reagiu hoje às recentes afirmações do deputado do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Démis Lobo Almeida, acerca das celebrações do centenário de Amílcar Cabral. Paulo Veiga esclareceu a posição do seu partido acerca do assunto e criticou a postura do partido opositor.
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) expressou profunda estupefacção após o Movimento para a Democracia (MpD) ter vetado a proposta de declarar 2024 como "Ano do Centenário de Amílcar Cabral", uma medida que visava homenagear o ícone da luta pela independência do país.
Volvidos mais de cinquenta anos do seu desaparecimento físico, o cancro da traição ainda persegue Cabral. A Assembleia Nacional de Cabo Verde, politicamente dominada pelo MpD, mostrou ser a mais nova versão do Brutus, traindo a Nação Cabo-Verdiana e subtraindo-lhe de celebração oficial a que merece o mais ilustre dos cabo-verdianos. O chumbo da resolução para celebração oficial do centenário do nascimento de Amílcar Cabral é, assim, a mais recente facada para com o grande líder histórico de Cabo Verde.
Amílcar Cabral liderou um movimento que levou Cabo Verde e a Guiné à independência. Durante a luta colonial foi sempre respeitado pela diplomacia internacional, pela sua visão humanista e patriótica. O legado de Amílcar Cabral é enormíssimo, principalmente como pedagogo e defensor dos direitos das Mulheres e crianças.
Os dois partidos da oposição cabo-verdiana alertaram hoje, no parlamento, para a “significativa perda” do poder de compra das famílias e consideraram que o Governo falha “de forma clara e sistemática” na política de rendimentos e preços.
Conforme temos vindo insistentemente a referir, Cabo Verde precisa de uma mudança evolucionária, de medidas de política para poder poupar mais de três milhões de contos que deverão ser canalizados para a área social (educação, saúde, luta contra a pobreza e mais oportunidades de emprego para os jovens). Temos de cortar com a cultura despesista e colocar os pobres no Orçamento do Estado.
Parafraseando alguns deputados da oposição também afirmamos: “Os cabo-verdianos sentem sitiados no seu próprio país, os cabo-verdianos sentem-se humilhados. O governo do MpD falhou completamente no sector dos transportes”. Cabo Verde não está condenado a ter o seu presente e o seu futuro hipotecado, por uma política que pela sua natureza e orientação ao serviço “sabe-se lá do quê”, é incapaz de resolver os problemas nacionais e garantir condições de vida dignas ao povo cabo-verdiano.